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Pesquisadores descobrem gene que torna o câncer invisível ao tratamento

Pesquisadores descobrem gene que torna o câncer invisível ao tratamento

A equipe analisou os perfis de expressão gênica de cerca de 10 mil cânceres de 33 tipos de tumores

(foto: Thiago Fagundes/CB/D.A Press )

(foto: Thiago Fagundes/CB/D.A Press )

Cientistas americanos identificaram um gene que esconde as células cancerígenas da imunoterapia. Em uma análise laboratorial, os investigadores observaram que o DUX4, presente nos tumores, pode impedir que o problema seja reconhecido e combatido pelo sistema imunológico. Os dados do estudo, publicado na revista Developmental Cell, podem contribuir para aprimorar terapias oncológicas.

A equipe analisou os perfis de expressão gênica de cerca de 10 mil cânceres de 33 tipos de tumores. Nas análises, descobriu que o DUX4 — conhecido principalmente por sua ligação à distrofia fascio-escápulo-umeral, um tipo de distrofia muscular progressiva — impede que as células imunológicas reconheçam as cancerígenas. Os cientistas explicam, no artigo, que pacientes cujos tumores expressavam o gene são menos propensos a responder à imunoterapia.

Como o DUX4 é expresso em muitos tipos de câncer, o bloqueio de sua atividade pode aumentar o sucesso dos inibidores do ponto de verificação imunológico, segundo os especialistas. “A imunoterapia pode ser incrivelmente poderosa contra cânceres previamente intratáveis, mas ainda não é eficaz para a maioria dos pacientes. Compreender os mecanismos que impedem o sistema imunológico de identificar e atacar tumores é um primeiro passo para encontrar a cura para todos os pacientes”, frisa,  em comunicado, Robert Bradley, um dos autores do estudo e pesquisador do Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson, nos Estados Unidos.

O gene DUX4 é normalmente expresso no desenvolvimento inicial da doença, quando as células precisam evitar a detecção pelo sistema imunológico. “Esse estudo sugere que as células cancerígenas expressam DUX4 para sabotar um programa de atividade imunológica anticâncer precoce”, ressalta Robert Bradley. Segundo os autores do estudo, não há aumento do risco de câncer em indivíduos com distrofia fascio-escápulo-umeral, o que indica que as células cancerosas devem usar o gene exclusivamente para se defender.

Fonte:  Correio Braziliense
Notícia publicada em: 19/07/2019

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