Ongs entregam carta a presidente da ACM sobre a fosfoetanolamina

Organizações não governamentais e pacientes entregaram carta ao presidente da Associação Catarinense de Medicina (ACM), Rafael Klee, manifestando inconformidade dos pacientes com a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5501) proposta pela Associação Médica Brasileira (AMB) ao Supremo Tribunal Federal (STF) e que teve como resultado a concessão de liminar para suspender os efeitos da Lei 13 269, de 13 de abril de 2016, que autoriza o uso da fosfoetanolamina por pacientes de câncer.

Estiveram presentes na sede da AMUCC, no dia 27 de julho, a presidente Leoni Margarida Simm, representantes da Aspac, Ivar Luiz Santos, e do Instituto VivaFosfo, Marisa Nogueira, e os pacientes oncológicos Hilario Segala e Myriam Marques. A AMUCC entregou carta a Rafael Klee, também presente, solicitando a retirada da ADI (leia a carta na íntegra aqui).

Para a presidente da AMUCC, “o paciente tem o direito de escolher seu tratamento, o direito de tentar, e a fosfoetanolamina representa mais uma possibilidade de sobrevida, que não apresenta riscos, pois foi comprovada sua atoxicidade. Muitos outros tratamentos causam efeitos colaterais devastadores, causando verdadeiras mutilações”. O paciente Hilario Segala afirma que “quimioterapia para o paciente de câncer metastático é a morte aos pedaços”.

No entendimento do presidente da ACM, Rafael Klee, a preocupação da classe médica é a “quebra do modelo de segurança da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, com a liberação da substância pela via legislativa sem os devidos testes clínicos.

Também foi debatida a possibilidade de realização dos testes clínicos da fosfoetanolamina em Santa Catarina, o que já foi objeto de reunião da AMUCC com o governador do Estado e com o Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), e que permanece como pauta prioritária da AMUCC.