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Cancerosos saem do isolamento do mito e do preconceito

Cancerosos saem do isolamento do mito e do preconceito

Sem títuloA fosfoetanolamina, chamada de “pílula do câncer”, trouxe nova esperança às pessoas que sofrem com o câncer. A pílula, desenvolvida pelo Instituto de Química do Câmpus São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), já foi utilizada por milhares de pacientes, que relatam curas, melhora no estado geral de saúde e alívio de dores. Embora ainda não aprovada pela Anvisa, a “fosfo” trouxe algo rico para a legião de cancerosos que viviam no isolamento e na desesperança.

Porém, o acesso a essa medicação esbarra em diversos interesses, que vão além da defesa da vida: questões econômicas e políticas impediram que os testes com a substância fossem adiante, quando da sua descoberta, e agora impossibilitam o acesso de milhares de pacientes que lutam contra o tempo por uma chance de vida.

Nós, da Associação Brasileira de Portadores de Câncer (AMUCC), defendemos a liberação da substância para uso dos pacientes, concomitante à realização dos testes clínicos, testes esses importantes e necessários, mas que demandam longo tempo, tempo esse que os pacientes com câncer não podem esperar. Somos favoráveis e acompanhamos de perto a realização dos testes clínicos, porém, defendemos o direito ao uso compassivo da substância, enquanto os testes ainda são realizados.

Acreditamos no empoderamento do paciente em buscar seus direitos e também a informação. O paciente percebe que tem direitos e reconhece como insatisfatórios o tratamentos oferecidos. Atualmente, cerca de 60% dos cânceres no Brasil são diagnosticados em estadio avançado, tendo a mutilação como primeira opção de tratamento.

Além da possibilidade de cura ou alívio de sintomas sem efeitos colaterais, a fosfoetanolamina tem um custo expressivamente menor que medicamentos utilizados atualmente contra o câncer, com valores altíssimos.

O acesso à informação e conscientização faz com que nós, pacientes, passemos a questionar nossos tratamentos e isso incomoda classes profissionais que têm o controle dos serviços de saúde, como os médicos. Estamos cansados de sermos apenas “pacientes”, à espera de uma possível cura que nos é oferecida, sem levar em conta nossas opiniões.BannerFacebook_SeminárioFOSFO_1200x800px

Convidamos pacientes com câncer, amigos, familiares, profissionais da saúde e demais interessados para debater essa questão conosco, dia 29 de julho, das 9h às 14h, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). O II Seminário Catarinense pela Fosfoetanolamina – uma esperança para vida contará com a presença
de Gilberto Chierici e Salvador Claro Neto, desenvolvedores da fosfoetanolamina do Instituto de Química do Campus de São Carlos da USP.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no link: http://escola.alesc.sc.gov.br/evento?eid=810

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